Os utentes com disfunções reumatológicas e músculo-esqueléticas, como lombalgia ou cervicalgia, na maior parte das vezes, têm a sua própria interpretação da dor que experienciam, desenvolvendo crenças, atitudes e comportamentos de acordo com essa mesma interpretação.
Uma postura negativa no entender da dor, contribui para a manutenção da mesma e/ou dificulta a recuperação. A maneira como alguns utentes interpretam a dor pode ser difícil de modificar, mas não é estática, e nesse sentido pode ser importante a intervenção de um fisioterapeuta.
Na PhysioRheuma, após a avaliação inicial das crenças relativas à dor e expetativas referentes à intervenção, a fisioterapeuta verifica o entendimento atual do utente relativamente à sua dor. Se a compreensão do utente não facilitar o aumento dos níveis de funcionalidade, o fisioterapeuta irá criar estratégias para assegurar que o utente desenvolve uma nova forma de lidar com a dor. Isto vai permitir a adoção de respostas adaptativas da sua parte.
Este debate sobre o entendimento da dor e os seus níveis de atividade são importantes para validar a experiência do utente e estabelecer uma relação empática com o profissional, facilitando o trabalho conjunto e a obtenção de resultados positivos.
De acordo com as recomendações atuais, pretende-se que a abordagem educacional contribua para a mudança comportamental, de forma a incentivar o papel ativo do utente no tratamento e promovendo o desenvolvimento de competências específicas para a sua própria gestão da dor.